(...) e a confiança cega
que tenho na minha verdade
não a detém quem me nega
as asas da liberdade ...

Ana Amorim Dias

27.9.11

A força com que se pensa

Hoje, em conversa com trabalhadores, perguntei-lhes qual era a sua função, ao que responderam:  - “ Carregar as coisas… trabalhos de força…” . Ocorreu-me logo que, muitas vezes, é menos trabalhoso fazer força do que pensar e, como é habitual, sairam-me as palavras ao mesmo tempo que as pensava. Assim que acabei de falar, um brasileiro respondeu: - “ Sei não! Dépendgi da força com qui si pensa!”
Ficaram todos a olhar para mim, pasmados, enquanto agarrei numa caneta e comecei a escrevinhar, frenética, a palma da minha mão. O certo é que não podia deixar que um pensamento-tesouro me viesse a escapar da memória!
Mas vamos por partes. O que será mais trabalhoso? O que exige mais força? Agir ou pensar? Creio, na minha humilde opinião, que existem pessoas que,  mesmo fazendo força, não conseguem pensar… Outras há que, sem esforço algum, pensam e pensam, mas não passam do pensamento… Também há quem, independentemente da força que põe no pensamento, nunca consegue ter pensamentos válidos ( e que consequências desastrosas isso não traz às suas acções…) De qualquer das formas, o que quero aqui dizer é que, por muita força que se faça com os braços e com as pernas, ela nunca terá a mesma eficácia nem produzirá tão grandiosos efeitos como os que resultam da força do pensamento….
Por isso acabo este tema apenas com mais duas reflexões: vamos lá pensar (com força!) no que vale realmente a pena… porque, como dizia o outro, a vida é o que o nosso pensamento fizer dela!!!
Ana Dias

Sem comentários:

Enviar um comentário