(...) e a confiança cega
que tenho na minha verdade
não a detém quem me nega
as asas da liberdade ...

Ana Amorim Dias

27.9.11

Jangada de papel

  Acabei de encontrar, na bolsa do computador, uma jangada que fiz há dias com bocadinhos de post it …  Inspirou-me de imediato, mas pensei:
- “ Que raios… Isto é demasiado estúpido para acabar numa crónica… “
   Olhei para a pequena jangada amarela e lembrei-me da jangada de pedra, a Peninsula Ibérica à deriva no meio do imenso Atlântico… Recordei a “mala de cartão” (creio que) da Linda de Susa (era assim que se chamava?)… E passei ainda pelo “coração de papelão”, música da minha infância que já não me lembro quem cantava.   Penso que já não sei quem inventou o papel, aliás papiro… Terão sido os chineses? Os egípcios? Investiguem vocês e logo dizem, que agora não tenho paciência para interromper os neurónios/cavalos à solta que correm céleres na minha caixa dos pirulitos!
   Papel, letras, palavras… que invenção!! Que potencialidades e avanço vieram trazer à espécie humana! E, de repente, olho para a inocente jangada de papel amarelo e deixo de ver  a sua insignificante pequenez: vejo antes todas as possibilidades que um simples papel em si encerra!
  Olho para aquele pedaço de origami mal “parido” e percebo que há coisas que fazemos por fazer, sem saber porquê ou para quê, mas que, mais tarde, ganham significados magníficos!! Coisas que fazemos fundeados no mar do instinto e que se tornam símbolos capazes de nos acompanhar uma vida inteira; marcos de conquistas e realizações!
  E como trabalhar com papel admite colagens, vou deixar aqui uma: esta mensagem foi recebida há algumas horas pelos últimos noivinhos que “me” casaram na quinta…       
             Olá Ana,
Daqui directamente de PUnTA Cana.... O Carlos e Sílvia....
Queremos agradecer novamente por tudo, tudo.... Foi muito além daquilo que poderíamos imaginar...
Toda a gente gostou e, tal como nós, acharam que foi tudo BRUTAL....
Beijinhos grandes destes novos amigos Sílvia e Carlos...”

  … Como esta jangada de papel, ao fazer as coisas com amor e pondo nelas a nossa essência… vimos a descobrir resultados que nos assombram…
Ana Dias

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