Enquanto preparava as tralhas para um dia inteiro de praia com os miúdos, não resisti ao impulso de enfiar no saco o “Um Novo Mundo” do Eckhart Tolle. Pode parecer estúpido, mas tenho este livro em casa há anos e anos e nunca lhe tinha pegado… talvez por saber que fala do despertar de uma nova consciência e sempre ter sentido que já era letrada na matéria… - “ Pfff, que vou eu ler ali que ainda não saiba por experiência própria?” - E o “ pessoal” ia continuando a perguntar se eu já tinha lido e eu ia respondendo apenas que não, porque completar a resposta com a justificação que dava a mim mesma seria absolutamente pretencioso…
Pois é, meus caros…. hoje, entre sandes de atum e banhocas com os catraios lá fui “devorando” o Novo Mundo, como se fosse uma papa Universos…. E realmente (tal como esperava) não me surpreendi muito ( pelo menos até à página 103, onde parei ). Não li nenhuma palavra nova nem conceito desconhecido; não abri a boca de espanto nem a alma de admiração, na certeza consciente de estar perante um livro que tranformará a minha vida…. Não mesmo! Nada disso! Fiquei apenas a pensar como raios é que eu, que tenho toda a consciência de que as coisas são como são ( que a maneira como encaramos a vida é o que a determina e torna boa ou má; que o ego é o que é e vale o que vale, mas que a consciência suprema e a ligação à nossa essência são o que realmente determina o que somos ) me esqueço tão frequentemente de como tudo funciona…. Quantas e quantas vezes me deixo levar pelo ego e pelas emoções das situações e dos comportamentos alheios sem me “lembrar” que a plenitude está ao meu alcance ( ao alcance de todos na verdade ) e à distância tão curta e simples de apenas um sentir…. O sentir correcto e verdadeiro de quando estou ligada a mim….
O problema será despertar ou manter-nos despertos???
Ana Dias
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