(...) e a confiança cega
que tenho na minha verdade
não a detém quem me nega
as asas da liberdade ...

Ana Amorim Dias

27.9.11

Rainha Juliana

   Considero que pelo humor de uma pessoa se consegue aferir sobre o seu  grau de inteligência… intelectual e emocional. É por isso que, de cada vez que o meu filho Tomás ( o mais velho ) me faz rir a “bandeiras despregadas”, o admiro ainda mais. As suas características mais marcadas são a meiguice e o sentido de humor refinado que por vezes me fazem duvidar estar mesmo perante uma criança de dez anos.
  Se, como dizia a canção cantada por Rui Veloso, “ não se ama alguém que não ouve a mesma canção”, também me parece difícil ter uma empatia sólida com quem não se ri das nossas piadas  nem nos consegue fazer rir com as suas.
  Posto isto poderei ser melhor compreendida ao dizer que, há três noites atrás, depois de estarmos na maior galhofa ao deitar, me retirei do seu quarto e fiquei a ouvir, durante consideráveis minutos, as suas risadas sentidas, devido ao espalhafato que eu tinha deixado no ar… É que nessa noite transformei-me na Rainha Juliana, cómica magestade de algum imaginário reino Africano. Com pronúncia a condizer, criei uma  personagem de tal forma divertida e marcante que agora consegue coisas que eu Ana tenho dificuldade em conseguir. Os meus subditos (filhos) parecem obedecer com uma leveza contente e muito pouco contestatária quando a prepotente, convencida e muito burra rainha Juliana dá as suas cómicas ordens .
   Sempre que preciso ( ou me é solicitado ) deixo-me “possuir” pela dita rainha e lá vamos nós na vertigem desse divertido mundo de fantasia que podemos criar a cada momento.
  Ficam duas conclusões: a admiração orgulhosa que tenho no fantástico sentido de  humor do Tomás e a consideração de que, na medida certa, um pouco de fantasia em muito pode enriquecer as nossas vidas !
Ana Dias

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