(...) e a confiança cega
que tenho na minha verdade
não a detém quem me nega
as asas da liberdade ...

Ana Amorim Dias

12.6.12

A bolha e a mosca




   Só contei  isto a algumas pessoas que me são mais próximas e, mesmo assim, a muito poucas!   Mas porque não partilhá-lo convosco?  Afinal,  o que pensamos e os métodos interiores  com que enfrentamos  a vida ainda não pagam imposto nem fazem recair sobre nós responsabilidades criminais!
  Recebo imensos mails em que pessoas “desabafam” a propósito do conteúdo das minhas crónicas: ficam com as mentes  inquietas  e os pensamentos lá presos,  a adaptar certos conceitos à sua própria vida.   Por isso, hoje,  vou-vos deixar dois  exercícios muito fáceis que “inventei”  ( provavelmente até muita gente os usa…  com “inventei” apenas quero dizer que não copiei de ninguém) e que uso muitas vezes.   Servem para enfrentar situações mais complicadas e, além de eficientes, são muito divertidos.  
   Aviso já que isto pode parecer completamente estúpido, de forma que,  se quiserem parar de ler, ainda estão a tempo!
  Ora então cá vai: 
A BOLHA
 Uso a bolha como os super-heróis usam os super-poderes!  Quando o “circo” começa a pegar fogo, aciono a bolha. Normalmente quando há estímulos externos negativos, sejam eles causados por situações complicadas, momentos dolorosos, más notícias ou pessoas descontroladas, imagino-me imediatamente dentro de uma bolha que me envolve e onde nada pode entrar. Na minha bolha só há calma, paz, luz, compreensão e amor. O que é mau não entra. Digamos que me ligo à minha essência e à raiz de tudo o que é bom. E isto é mais do que suficiente para emanar para mim mesma uma proteção poderosa e eficaz. Coloco-me num estado de quase graça que acaba por me fazer sair da situação absolutamente incólume. Imaginem a vossa bolha do tamanho e cor que quiserem e só permitam a entrada de coisas e sentimentos bons. Mas desde já aviso que quanto mais praticarem mais eficiente e impenetrável  ela se torna.

A Mosca
  Uso a técnica da mosca quando alguém me está a chatear. Olho para a pessoa em questão e, em vez de ver um ser humano, vejo uma mosca gigante a zumbir e a bater as asinhas. Deixo completamente de ouvir as palavras e fico só ali, a dar toda a minha atenção não à pessoa mas à mosca. Quando acaba de zumbir, mantenho o meu silêncio e vou-me embora sem dar resposta. O que é que se pode responder a uma mosca? Eu não sei porque não falo “mosquinhez”…
Ana Amorim Dias