(...) e a confiança cega
que tenho na minha verdade
não a detém quem me nega
as asas da liberdade ...

Ana Amorim Dias

27.9.11

Hábitos!

   O cliché “ o Homem é um animal de hábitos” existe com fundamento. Talvez nunca tenham reparado na tendência quase instintiva para repetirmos padrões de comportamentos, mesmo nas mais banais acções. Ou talvez já tenham notado, por exemplo, que quando chegamos ao café ou ao restaurante,  escolhemos quase sempre a mesma mesa; que colocamos a roupa da mesma maneira e no mesmo sítio, ao deitar. Ocupamos, invariavelmente, o mesmo lugar à mesa e no sofá da sala, dormimos no mesmo lado da cama todas as noites e  repetimos destinos de férias,  percursos  e caminhos.  Os exemplos são tantos e tão variados que alguma coisa devem significar… O que será que extraímos dessas repetições naturais? Sensação de segurança? De pertença? De ordem? Uma coisa é certa: não estabelecemos hábitos por falta de escolha… há sempre outras mesas no café que mais frequentamos; há outras estradas para chegar ao mesmo destino… Repetiremos as pequenas escolhas do dia a dia por comodismo ou por falta de vontade de experimentar algo novo? Porque a novidade assusta, certo? O desconhecido transtorna …
E o que dizer quando, além das pequenas escolhas, os hábitos se instalam nas mais importantes partes da vida? Valerá a pena insistir no hábito pelo conforto e sensação de segurança? Ou estaremos a perder oportunidades únicas de dar novos Mundos ao nosso “pequeno” Universo?
Ana Dias

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