(...) e a confiança cega
que tenho na minha verdade
não a detém quem me nega
as asas da liberdade ...

Ana Amorim Dias

27.9.11

Datas

    Há dois anos, precisamente por esta hora, nasceu Sebastien, o improvável comandante de um navio pirata em apuros. Nasceu já homem feito, com voz de trovoada apesar do seu franzino corpo. Nessa mesma noite nasceram ainda o Ulisses e o Gustav..  Ainda os vejo como os vi na noite de 12 de Setembro de 2009, com as mesmas feições e trejeitos… com o destino marcado… Eram as iniciais horas de “ O Galeão”, o primeiro conto de “Histórias do (A)Mar”
    Foram estes os primeiros personagens que inauguraram o (já vasto) rol de seres ficcionais que habitam o conturbado universo da minha criatividade. Foram valentes cobaias. Serão sempre parte de mim.
  Conto-vos isto porque,  se há datas que celebramos por hábito, outras há que deveriam ser lembradas e comemoradas com muito mais festa: aquelas que mudam o rumo da nossa existência para melhor de uma forma tão determinante e determinada que é como se tivessemos nascido de novo.
   Na noite de hoje celebro o segundo aniversário de criação com palavras (criação literária continua a soar-me com alguma presunção); comemoro dois anos inteiros de sonho por ter descoberto a profissão da minha alma. Festejo hoje por tantos dias difíceis em que a beleza da vida e os avassaladores sentimentos de amor e perdão acabaram por me tomar com a mesma intensidade com que me tomavam as palavras que me iam brotando… Congratulo-me por ter tido a capacidade de aprender a navegar o mar da vida como quem faz  surf em cima de  um tsunami… numa prancha feita de palavras!
  Quis partilhar este momento convosco, que me lêem, porque não é só para mim que escrevo…
Obrigada!
Ana Dias

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