Há tantos risos diferentes… Há os dissimulados e trocistas, com algum decoro perante o objecto do seu divertimento…; há os gozões, sem pudor, que não escondem o divertimento nem tentam disfarçar a risada….; há os risos tímidos, encobertos por um olhar indirecto e um baixar de cabeça, que normalmente antecipam um rubor nas faces e o despontar de sentimentos… e existe o meu riso preferido: as gargalhada abertas, sinceras, desregradas … aquelas que lavam a alma e inebiam a existência com o doce bálsamo da felicidade; aquelas em as cabeças se atiram para trás e boca, escancarada, esquece pudores instalados. É esse riso, que nasce na verdade do humor genuíno, que nos faz dobrar de prazer e perder o fôlego sem desconforto. É nas gargalhadas verdadeiras que se criam alianças e se curam muitos males; é nelas que se escode o segredo da sanidade e solução para muitos problemas.
Mas mesmo quando tudo o que nos resta das gargalhadas verdadeiras são dores nos abdominais, algo mais em nós ficou: … gravado nas nossas células permanecerá para sempre a alquimia curativa da sabedoria do riso…
Ana Dias
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