(...) e a confiança cega
que tenho na minha verdade
não a detém quem me nega
as asas da liberdade ...

Ana Amorim Dias

27.9.11

Amanhecer

Acordo febril, de ideias e planos.  As palavras, fieis companheiras, formam-se, autónomas, numa parada singela que oiço e vejo com a nitidez da certeza.
O computador está na sala e eu… eu ainda na cama. O caderno onde  “escrevinho” ao acordar, de imediato se apresenta, submisso e fiel… mas a caneta, ai a caneta!!!  Não me aperece, furta-se como sempre fazem todas as que quero encontrar! Canetas… essas contestatárias revoltosas que sempre insistem em me tentar escapar!  Procuro-a, ansiosa e rápida, no desconforto de quem espera para satisfazer uma urgência!
E quando, por fim, os rabiscos, começam a “pintar” esta tela, está o despertador a tocar… são horas de levantar…
Mais um dia frenético, heróico, de objectivos inalcansáveis que consigo sempre atingir.
São horas de levantar e penetrar no portal deste dia, com pouco tempo para escrever mas com tanto para viver, sentir, aprender, relembrar…
E como nem o despertador se cala, nem os minutos congelam fazendo parar o tempo, abandono tela e pincel, mas faço-o já satisfeita, aliviada, contente… Posso não ter dito nada agora, mas sei que mais logo direi…
Ana Dias

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