(...) e a confiança cega
que tenho na minha verdade
não a detém quem me nega
as asas da liberdade ...

Ana Amorim Dias

12.12.11

Pobres homens…



O mundo é injusto para com os homens. E hoje levanto a minha voz em sua defesa!
 Tudo porque ontem, ao ligar, incauta, a tv, vejo um relato exaustivo sobre um qualquer governador dos E.U.A. a ser tratado como um criminoso, a retratar-se em público e, finalmente, a demitir-se do cargo.  Pensava eu que o dito senhor tinha assassinado alguém ou, do mal o menos,  se tinha “afiambrado” a dinheiros  alheios, quando percebo que afinal tudo o que fez foi contratar os serviços de uma acompanhante de luxo.
   Ora pensem lá comigo: num país onde quase toda a gente tem armas de fogo, onde se cometem crimes horríveis a torto e a direito e onde a violência é uma constante em grande parte das produções televisivas e cinematográficas, com que direito é que vêm apedrejar o senhor por ter feito o que fez? Desde que o dinheiro gasto não tenha sido o dos contribuintes parece-me que o assunto deveria ser entre ele e a sua senhora! 
  O burburinho que oiço dentro dos vossos cérebros está-me a falar de valores… Como pode um titular de um cargo de responsabilidade dar um bom exemplo à sociedade ao corromper os bons costumes e a moral, não é?  Pois é, meus caros, mas há questões que estão na consciência de cada um e, em bom abono dos factos, sou da opinião que as senhoras que ganham a vida com tal ocupação são merecedoras de todo o respeito e consideração. Prestam um serviço de valor inestimável para o bom funcionamento da sociedade. Quanto aos homens que procuram os seus serviços, por favor, deixem-nos em paz! Apenas o fazem para suprir carências de uma forma eficiente e, na maior parte das vezes, por motivos completamente justificáveis.
  Por isso termino com três pensamentos. Os homens não se deveriam recriminar entre si pois quem nunca o fez não está livre de o vir a fazer. As mulheres não deveriam recriminar os homens que usam tais serviços pois se o utilizam deve ser por sentirem lacunas que elas próprias não preenchem. O que deve, sim, ser exorcisado é a hipocrisia de haver tantos verdadeiros criminosos no poder. E  se aquele governador se demitiu, estes, proporcionalmente, talvez devessem cometer suicídio!
Ana Dias