(...) e a confiança cega
que tenho na minha verdade
não a detém quem me nega
as asas da liberdade ...

Ana Amorim Dias

19.3.13

Super pais

Pai é pai!

Poucas outras coisas tornam um homem tão sensual, maduro e completo como a paternidade. Creio que não existe mesmo lição de vida equiparável a esta, a mudá-los intrinsecamente de uma firma tão brutal... e tão bela também.
Ouve-se muito por aí o "Mãe é mãe!".
E eu respondo: "E pai é pai!!"
Mais uma vez, no dia de hoje, levanto a voz com amor, não na defesa do género masculino, mas na sua exultação. Desta vez na qualidade de progenitores capazes, dedicados e, tantas vezes, completamente atarantados!
Começo pelo exemplo do meu, de quem continuo a ouvir a voz carinhosamente trovejante do incondicional amor; aquele que será para sempre o genético, o que me criou, o da eternidade. Continuo por todos os que, ao longo da minha vida tenho encontrado, e que me devotam o mais completo amor que por uma filha se tem. E prossigo para todos os outros, para todos os que, muitas vezes subvalorizados, se entregam a esse papel que lhes determina a existência.
Conheço dezenas, ou melhor, centenas, de pais fantásticos: pais-galinha, pais-amor, pais-herói, pais-proteção, pais-mãe, pais-sozinhos, pais-amigos-confidentes, pais-de-sonho, pais que tomam filhos que não são seus como se seus filhos fossem. São pais que sentem a pressão do "mãe é mãe" sem terem quem verdadeiramente entenda que "pai é pai" e que isso é tanto como é ser mãe!
Conheço na primeira pessoa pais que, com as suas mãos gigantes trocam fraldas aos filhos recém nascidos no pânico inconfesso de os escangalharem todos; pais que só não amamentam porque não lhes sobe o leite; pais que fazem sacrifícios indizíveis pelo bem estar das crias; que dão carinho, atenção e amor no entendimento perfeito do valor destas dádivas; pais que alimentam sonhos e embalam os desgostos; pais que sofrem mais que a conta por não terem os filhos ao pé.
Poderia continuar até se cansarem de ler, mas já disse o importante: pai é pai, e ser pai é ser tanto como mãe.
A todos o meu apertado abraço!

Ana Amorim Dias

Open arms

De braços abertos

Às vezes acontecem momentos assim. Abrirmos os braços e chegamos à Vida. Esquecemos completamente o que está para trás e o que possa vir mais à frente. Não nos importamos se há alguém a olhar-nos ou se estamos sozinhos no mundo. É indiferente que os nossos sonhos se concretizem ou não porque chegamos a um novo estado: a aceitação da vida e de tudo o que ela nos possa trazer. Porque assim, de braços abertos, ficamos vulneráveis e absolutamente aptos a abraçar a intensidade da existência.

Ana Amorim Dias