(...) e a confiança cega
que tenho na minha verdade
não a detém quem me nega
as asas da liberdade ...

Ana Amorim Dias

22.11.11

Trilogia

    Assim que me sentei os meus olhos colaram-se às palavras que brotavam da placa na parede:  “Existem três tipos de homem. Os vivos. Os mortos. E os que andam no mar.”  Indaguei de quem seria e foi-me dito que era atribuída a Platão.
- Hum… Não conhecia… - Disse eu, ainda encantada.
O dono do restaurante perguntou:  - Quem? Paltão? –
- Credo, não! Apenas não conhecia esta frase dele.-
- Procurei na net. Queria homenagear os homens do mar…-
   Fazia todo o sentido. Afinal o restaurante servia trinta pratos diferentes de polvo. Voltei a “namorar” as palavras. Os vivos, os mortos e os que desafiam a morte como modo de vida. E foi então que percebi que, para mim, também há três tipos de Homem: os vivos, os mortos… e os que desafiam a vida!
Ana Dias