(...) e a confiança cega
que tenho na minha verdade
não a detém quem me nega
as asas da liberdade ...

Ana Amorim Dias

8.11.11

NO TEU SONO…


“Velo-te o doce sono / enquanto te vejo dormir
Respiras suavemente / até pareces sorrir
Leio-te o rosto sereno / sondo esses perfeitos traços
Esse semblante moreno  / que não me poupa os abraços
E imagino-te os  sonhos / o que te dá mais prazer
Em coloridos desenhos / memórias do que vais ser…” …

  A música ecoa pela casa. E eu já nem reparo no seu especial significado… admiro-lhe apenas a extrema beleza. E antevejo o sucesso do meu amigo Ricardo Sousa.
    O Tomás chega e comenta – Que gira, mãe!! É tua? -  A naturalidade da pergunta e da forma como é feita, deixam-me admirada.  Aceno afirmativamente com um sorriso brilhante, enquanto lhe  meço as palavras. Afinal esta música, que todos em breve ouvirão, foi escrita para ele e para o irmão. É uma ode aos seus sonhos de criança, para que os acompanhem sempre e os mantenham corajosos, sinceros e inocentes…
  A música ecoa pela casa. E eu já nem reparo no seu especial significado… admiro-lhe apenas a extrema beleza.  Agradeço a sorte do reencontro com o Ricardo Sousa e o nascer deste fabuloso projeto. 
E agora de manhã, ao ouvi-la de novo, imagino o quanto o meu pai apreciaria este fabuloso bailado de letra e melodia a soar na bela voz do Ricardo… Uma lágrima teima em espreitar. Deixo-a correr. E termino a cantar-te, pai, as últimas palavras deste tema encantador: “… e sonho que nunca percas esse sono feito esperança…”
Ana Dias