(...) e a confiança cega
que tenho na minha verdade
não a detém quem me nega
as asas da liberdade ...

Ana Amorim Dias

21.8.12

2012


Andam a vaticinar o fim do Mundo para este ano. Várias teorias, com diversos fundamentos, apontam desde há séculos para o “apoteótico” final dos tempos durante os próximos meses.
    Não quero conhecer as teorias a fundo ( nem à superfície, na verdade) porque casos existem em que a ignorância me sabe melhor que pão quente com manteiga. Só me pergunto uma coisa: será que os criadores e defensores destas previsões não tiveram em conta o facto de a Humanidade ter ganho o maior jackpot galáctico?
   Todos fomos, desde sempre, uns sortudos do caraças por, neste cantinho do Universo, se terem reunido  condições tão fabulosas quanto especificamente favoráveis ao nosso surgimento, mas é claro que há riscos inerentes: entre megassismos geradores de inimagináveis tsunamis; gigantescos asteróides a colidir com a terra; possibilidades reais dos polos se deslocarem ou quaisquer outras ocorrências drásticas, a verdade é que o cenário (mais ou menos) perfeito que possibilitou o aparecimento do Homem pode a qualquer momento mudar.
   O que não convém mesmo nada é pensar nisto a toda a hora nem ceder a este tipo de medos,  sob pena de enlouquecermos quer como indivíduos quer como Ser Global. No entanto este horrível  extremo bem poderia ter pelo menos o valor de nos fazer perceber a indizível sorte de  nos ter sido dada a possibilidade de existir enquanto Humanidade. Talvez assim já fossemos capazes de fazer com que cada momento valesse apenas por si mesmo.
Ana Amorim Dias