Recentemente “deu-me” para a poesia em castelhano. Os “neuróninhos”, volta e meia, fazem curto circuito (mas não dão nó!) e sigo estes impulsos que não sei de onde me vêm nem porque surgem. Sigo-os e pronto! Dando o melhor; tentando não fazer figuras ridículas; com a esperança de não errar muito nem criar coisas sem nexo.
E então voltou-me à lembrança (provavelmente para que agora o pudesse escrever nesta crónica) uma máxima que me inspirou durante muitos anos: “não quero ser a melhor em nada, apenas boa em tudo…”. E agora faz sentido o regresso dessa frase à tanto tempo perdida nos improváveis registos do meu interior: não quero, de facto, ser a melhor em nada, porque erro e não me importo de errar… porque errar está inerente à ação!! Para mim o maior erro é não fazer. Não agir por medo de não fazer da forma correcta; negar-me à ação pelo temor à crítica ou ao reconhecimento das minhas imperfeições pessoais e das incorrecções do produto do meu trabalho e das minhas criações! Para mim errar é estar parada! Erro só superado por outro: o estar parada por medo de errar!!
Costumo dizer com constância que tolero melhor críticas à minha pessoa do que ao meu trabalho, mas a verdade é que, quando alguém me demonstra que, de alguma forma, fiz algo um pouco menos perfeito, me interrogo em silêncio: “ Espera lá… o que é que tu tens feito? O que te dá o direito de me julgares e criticares? Só não erras se não fizeres….” É claro que as críticas construtívas são mais do que bem vindas, mas aquelas que são dadas com desdém… bem, dessas só aproveito mesmo a evolução e aperfeiçoamentos que me possam trazer, de resto ignoro porque as verdade continuam, para mim, a ser só duas: só não erra quem não faz e não, não quero ser a melhor em nada, apenas boa em (quase) tudo!!
Ana Dias
Sem comentários:
Enviar um comentário