(...) e a confiança cega
que tenho na minha verdade
não a detém quem me nega
as asas da liberdade ...

Ana Amorim Dias

11.12.11

O macaco e o pato

    Quando uma pessoa é bastante inocente e ingénua, é frequente ser apelidado  de “patinho”. Por outro lado, aos espertalhões, é costume colar-lhes o cognome de “macacos”.
E hoje ocorreu-me a questão: o  que será melhor? Ser-se “patinho” ou “macaco”? Acredito que os “patinhos” sejam tendencialmente sempre “patinhos” , o mesmo  se podendo dizer dos “macacos”.   Mas afinal quem é que se sai melhor? Os “macacos”  que,  com a sua esperteza,   conseguem os seus intentos, ou os “patinhos”, que vão navegando nos perigosos lagos da vida sem muitas vezes se aperceberem,  sequer,  que o perigo se encontra à espreita?
  Será que ao longo da vida os “patinhos” vão perdendo a inocência e se tornam “macacos”? E quantos são os patinhos com que nos cruzamos que nada mais são que macacos disfarçados?
Eu gostaria de poder dizer, como nos finais felizes das comédias românticas americanas,  que a inocência de se ser “patinho” acaba por compensar sempre…. mas acho que já tenho idade para perceber que o melhor mesmo é preservar a essência de “patinho”, mas aprender a agir à “macaco”…
Ana Dias