(...) e a confiança cega
que tenho na minha verdade
não a detém quem me nega
as asas da liberdade ...

Ana Amorim Dias

22.1.12

O baterista sem ritmo


“Conheci” o  Diego Torres há uns catorze anos, através de uma música cheia de boa energia, cujo refrão reza mais ou menos assim: “ Saber que se puede / creer que se pueda / quitarse los miedos / sacarlos afuera / pintarse la cara / color esperanza / entrar al futuro / com el corazón…”
   O concerto que ontem vi, durou mais de três horas nas quais, além do músico fantástico (cuja obra tenho acompanhado desde então) descobri uma pessoa cheia de humor, otimismo e energia, o que me deixou a pensar que, normalmente, o sucesso e o bem viver estão diretamente ligados à nossa paixão pela vida.
  Não concebo, por exemplo, que um baterista não tenha ritmo, um cantor não tenha voz ou um músico não tenha musicalidade. Da mesma forma, não consigo perceber como pode haver pessoas que queiram ser amadas e felizes sem saberem amar e ser, por si mesmas, felizes.
  Cada um de nós é um íman, cujo poder de atração aumenta de acordo com o seu nível interior de positivismo, boa energia e capacidade de existir de forma melodiosa e harmónica…
   Cozinho estas palavras na companhia de uma cerveja, numa esplanada em San Telmo, ( Cuja feira de domingo é uma verdadeira delícia ) depois de ter comprado prendinhas para todos os meus amores. Porque a distância acentua as ternuras e faz-nos querer brindar os ausentes com toda a nossa saudade.
  Por agora aqui termino, com uma grande beijo para todos, pois os sons do tango reclamam a minha atenção.
Ana Dias