(...) e a confiança cega
que tenho na minha verdade
não a detém quem me nega
as asas da liberdade ...

Ana Amorim Dias

9.11.11

O bolinho de côco


  No outro dia encontrei a São, uma das senhoras que trabalha no ATL que o meu filho Tomás frequenta depois das aulas.
- Olá Ana! Sabe o que o Tomás fez hoje? –
   Se ela estivesse a falar do João, teria sido, certamente, alguma cómica patifaria… mas sendo o Tomás, fiquei admirada.
- O quê, São? – Eu já estava com ar zangado a planear o raspanete mas, pelo  olhar sorridente dela,  percebi que afinal não tinha saído asneira.
- Ele ontem estava a comer um bolinho de côco e eu comentei que adoro aqueles bolos e que há já muito tempo não os encontro em lado nenhum…. – Explicou ela. – E hoje… quando chegou da escola, trazia um, todo embrulhadinho, para me dar!-
Fiquei sem palavras. O que lhe ia eu responder? Que o meu filho é uma ternura? Não são as mães que têm que dizer isso dos filhos…  Mas o certo é que, dias depois quando o teste de matemática não veio com o “muito bom” que eu gostaria… não me preocupei muito com isso. Afinal ele anda a tirar “muito bons” em temas, quanto a mim,  bem mais importantes que a matemática…
Ana Dias