Hoje vivi um daqueles dias completamente desprovidos de história… Dormi demais e passei o dia a deambular, preguiçosa, pela quinta, rendida a uma qualquer desconhecida inércia que se abateu sobre mim. Até adormeci, à tarde, no sofá!!!!
Quanto a vocês não sei mas a inércia é-me absolutamente assustadora; é como se me sentisse fora de mim, perdida, doente. Nas raras vezes em que a inércia me toma, ainda dou mais valor à actividade constante que tanto adoro e que faz parte da minha forma de ser e estar. É nestes dias (raros) que noto o contraste entre viver e sobreviver; entre estar completa ou “arrumada”… Talvez tenha sido de novo a falta de cafeína (já tomei um, mesmo agora) ou então o cansaço acumulado destas últimas semanas… A verdade é que não importa! Estou a sentir a regeneração… a inércia a partir e a acção a chegar! E, agora que penso nisso, talvez o meu dia não tenha sido assim tão desprovido de história: aprendi que há dias assim, em que a normalidade do que somos se rende a algo um pouco diferente. Afinal não descansei só da minha agitação habitual, descansei também de mim… E digam-me lá se isto será ou não saudável???
Ana Dias
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