Banalidades

   Sei que a política e a economia são assuntos importantes e merecedores das maiores atenções. O que se passa no Mundo, em todas as vertentes da vida humana ( e não só) deve ser tido em conta e apreendido, ou corremos o risco de ser  uma ilha, à margem da qual tudo se passa…

  Deveria transtornar-me por apenas opinar e escrever sobre banalidades?  Divago sobre pequenos episódios da vida; pego em pensamentos que me afloram sem aviso e teço pequenas teias com eles. Será que falar do riso, do amor, da infantilidade e da plenitude é só uma perda de tempo? Será que quem lê sobre o medo, o optimismo e as guerras interiores não estaria melhor a informar-se sobre os efeitos da entrada do FMI ou a pensar em quem votar nas próximas eleições?  Será, afinal, que temas como o livre arbítro, a clarividência, a força, a inspiração ou o carácter, nada mais são do que banalidades… ?  E escrever sobre tudo isto será o passatempo infrutífero  de alguém  desocupado…?

A minha resposta sei qual é… E a vossa? A sabedoria de viver é uma banalidade? Ou será a única forma de ter uma vida que merece a pena viver…?

Ana Dias