(...) e a confiança cega
que tenho na minha verdade
não a detém quem me nega
as asas da liberdade ...

Ana Amorim Dias

18.6.14

Internacionalidades

Internacionalidades

As gargalhadas do João soavam pela casa toda. Tentava que o Alex, o namorado da minha prima Nanda, repetisse, em bom português, as complicadas palavras que lhe ensinava. O Tomás, entretanto, mostrava à prima holandesa como se fazem as pulseiras de elásticos que estão agora na moda.
Não sei se gostei mais de ouvir o Alez dizer que se respira por aqui muita paz (e que se sente como em casa), ou se preferi sentir o à vontade com que os meus filhos começaram a comunicar com quem não fala a sua língua. Entre palavras em inglês, alguma mímica e muitos sorrisos, a cumplicidade entre eles começou a nascer.
Como estou a trabalhar não pude acompanhá-los esta manhã. Foram os quatro para a praia. Dois a aprender português e outros dois a melhorar o inglês e a contactar pela primeira vez com a estranha língua holandesa. E eu fiquei a sentir-me feliz, com a sensação de estar a fazer um bom trabalho. Tenho dois filhos reguilas, mas de uma simpatia que cativa...e que não se acanha com barreiras linguísticas nem quaisquer outras limitações trazidas pelas contingências de uma vida bafejada por doces bafos de internacionalidade.

Ana Amorim Dias

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