(...) e a confiança cega
que tenho na minha verdade
não a detém quem me nega
as asas da liberdade ...

Ana Amorim Dias

5.5.14

Renúncias

Renúncias

Uma amiga confessou-me a razão de não andar a pôr "gosto" nas crónicas.
- É a minha renúncia de Páscoa. Nada de internet nem de leituras.
- Bolas, se todos fizessem o mesmo, eu ficava sem "clientes".- brinquei.
Não disse mais nada porque, embora discorde, respeito. Afinal cada pessoa é que sabe como funciona consigo mesma e, se os objetivos de reflexão, purificação e evolução interior se cumprem assim, quem sou eu para objetar?
Na verdade acho muito bem essa coisa das renúncias. Mas não só na Páscoa. E, sobretudo, não sobre aquilo de que mais gostamos. O que nos dá prazer e nos deixa felizes deve ser abraçado sempre porque de maus momentos impostos já todos andamos fartos. Bem podemos é renunciar o ano inteiro a tudo o que é realmente nocivo. Renunciar a maus sentimentos e a atitudes bruscas; renunciar à inércia, à ignorância, à indiferença, ao rancor e à vingança, é o que nos devia importar de facto. E, para isso, temos que estar fortes, enérgicos e o mais felizes que pudermos, alimentando-nos o mais possível de tudo o que nos traz alegria.

Ana Amorim Dias

Sem comentários:

Enviar um comentário