(...) e a confiança cega
que tenho na minha verdade
não a detém quem me nega
as asas da liberdade ...

Ana Amorim Dias

5.5.14

Família

Família

- Cunhadinha, nem sabes o que ontem me ri com os teus sobrinhos!
Pelo ar reguila dela foi fácil perceber que vinha galhofa a caminho.
- Ontem à tarde vimos o "5 para a meia noite". Convidada: Ana Amorim Dias.
Definitivamente a narrativa previa-se interessante.
- Comentário do Miguel: "A tia aqui até parece normal!" E reposta da Laura: "Ya!"
Ri-me deliciada e ela continuou: - Como te vêem sempre na doideira, acharam que estavas muito bem comportada.

Assim que ouvi isto, em plena festa de aniversário do Joãozinho, reuni os dois encantadores malandros.
- Meninos! Venham cá tirar umas fotografias que a tia precisa de material para trabalhar!
Eles riram-se, sabendo o que os esperava. Ora o que eu não esperava era que, na sessão fotográfica, se infiltrasse mais uma sobrinha, um filho, dois sobrinhos-netos e uma sobrinha "adotada". Fiquei deliciada. Com tudo. Saber que encanto a descendência toda e sentir que me olham, embevecidos, sem nunca saberem bem como os vou surpreender a seguir, provoca-me uma sensação de orgulho muito difícil de descrever. Saber que a família está a crescer, coesa e amorosa, abrindo os seus enormes braços para receber pessoas tão lindas como a minha nova sobrinha Joana (namorada do Miguel), traz-me a noção mais verdadeira e cristalina da grande riqueza que temos.
Dizem que os nativos de caranguejo são assim: muito ligados à família e eu, que à astrologia nada ligo, vejo-me obrigada a concordar: a família é um animal alimentado a amor e o seu incomensurável valor reside não só naquilo que dela fazemos como no que ela faz de nós.

Ana Amorim Dias

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