Engarrafamento de ideias
Deviam ser umas cinco da tarde quando aquela fabulosa tempestade de ideias começou a formar-se cá dentro, e foi de tal forma forte que às duas da manhã ainda não conseguia dormir por culpa do entusiasmo.
Perguntam-me muitas vezes como consigo ter ideias suficientes para uma crónica por dia. Costumo responder que a vida é nova e repleta de boas histórias todos os dias e que, com um pouco de atenção e criatividade, encontro constantemente novas abordagens aos temas de que mais gosto.
Ora a verdade é só uma: tenho listas e listas repletas de ideias para novos escritos. Estão no telefone, no iPad, nos blocos de notas de papel e no cérebro, claro.
Começo frequentemente o dia no impasse que brota não na escassez de ideias e sim na escolha que tenho que fazer entre várias. Vejo os produtos acabados alheios com a maldição constante do "nããão, isso assim não tem piada, é demasiado óbvio, devias ter feito assim ou assado, que era muito mais original!" Vivo na interminável e constante explosão de ideias que já não me cabem na ação e percebi que tenho que fazer algo depressa se não quero que elas pereçam num engarrafamento cerebral sem ter para onde sair!
Por isso está decidido. O meu próximo negócio consistirá na venda de ideias a quem delas precise. Câmaras municipais e Regiões de turismo que necessitem de artísticos diaporamas promocionais para promover os seus territórios; empresas publicitárias em crise criativa; empresas de marketing a precisar de mais frescas formas de ação e até, porque não, privados em busca de ideias para inovadores negócios ou diferentes formas de renovar a vida.
Como o farei? Primeiro vou chamar o Carlos, para me ajudar com o site. Depois convenço os outros artísticos sócios e que comece a festa!
Agora desculpem, mas tenho que ir, tenho aqui um engarrafamento de ideias que tenho que processar.
Caaaaaarlos!!!! Atende-me o telefone!!
Ana Amorim Dias
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