(...) e a confiança cega
que tenho na minha verdade
não a detém quem me nega
as asas da liberdade ...

Ana Amorim Dias

10.3.14

Vencer com gargalhadas

Vencer com gargalhadas

Houve uma altura em que quase senti pena dele. Mas eu tinha que marcar pontos ou perderia.
- Ana, pára!!!
E eu continuei. Impedindo-o de parar...de rir.
- Ah bola marafadã! Atã foste cravar-te na réde??
Ele bem tentava acertar nas bolas, devolvendo-as de forma a que eu não as pudesse apanhar mas, com as gargalhadas, era-lhe cada vez mais difícil.
- Ricarde, olhã: vô usar a minha raquetada torpede e mandar-te a bola assassinã! Tás preparade??
Como é que o pobre podia estar preparado? Só se fosse para algum concurso de rebolar a rir.

A sério que quando comecei a dizer disparates, no jogo de ténis de ontem, nem foi com o plano vil de o vencer com gargalhadas mas, quanto mais via a minha vantagem, mais prossegui com a tática. E fiquei a perguntar-me quantas situações não seremos capazes de vencer se nos decidirmos a desarmar o "adversário" com ataques de gargalhadas. É que o método é tão absolutamente perfeito que os nossos oponentes, de tão revitalizados e felizes, nem se importam de perder porque ganham um momento para lá de fabuloso.

Tenho que começar a usar mais esta tática e foi por isso que ontem à noite o desafiei:
- Bem, o próximo jogo de ténis vai ser à alentejana, o que dizes?

Ana Amorim Dias

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