(...) e a confiança cega
que tenho na minha verdade
não a detém quem me nega
as asas da liberdade ...

Ana Amorim Dias

10.3.14

De um a cem

De um a cem

- De um a cem amas-me quanto?
- Sei lá.
- 55? 87?
- Amo-te muito. Amo-te bem. É tudo o que importa.

O amor não é quantificável em números. Nunca foi e jamais será.
O amor é uma questão de intensidade do olhar.
O amor é não conseguir respirar ao ver-te depois da ausência.
O amor é o arrepio de uma recordação; é a sede com que te bebo as palavras e a fome com que te devoro o corpo.
O amor não é científico nem explicável; é um paradoxo brutal tão simples quanto complexo.
O amor não é um algarismo, é uma alegoria divina.
O amor não é matemática, equação nem proporção, é a ausência total de razões e da razão.
Porque o amor, meu amor, é a única coisa capaz de fazer de nós Deuses.

Ana Amorim Dias

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