(...) e a confiança cega
que tenho na minha verdade
não a detém quem me nega
as asas da liberdade ...

Ana Amorim Dias

10.3.14

Tão simples como beber água

Tão simples como beber água de uma nascente

Vejo-me amiúde na contingência de ajudar os outros. Nem tenho a impressão de me pôr a jeito, simplesmente acontece. A toda a hora.
Ou é a velhinha que me pede para lhe alcançar o pacote de guardanapos que está numa prateleira alta do supermercado, ou são miúdos que se afoitam no mar, ou até pessoas que querem informações de direção em Paris (de cinco em cinco minutos, é incrível!). Tenho casos de "consultadoria" laboral, existencial e amorosa. Não viro as costas a ninguém, mesmo quando não estou bem segura das respostas porque, confesso, tenho o maior prazer em fazê-lo e aprendo imenso para poder, depois, escrever.

Ontem, perante o desespero dela, surgiu-me uma imagem/exercício que lhe comecei a descrever ao mesmo ritmo que se me formava na mente: "Imagina que te podias ver de fora, de cima, desde o teto. Imagina que conseguias olhar para os problemas dessa pessoa, ali em baixo, que és tu, e logravas ver a 'big picture' e observar os seus comportamentos e desmistificar os seus problemas. Se todos nos observarmos assim conseguimos entender de imediato que a única pessoa com todas as soluções para a nossa vida somos nós mesmos!"
Desafio-vos a que experimentem. Quando os ventos gélidos do vosso interior vos mergulharem no desespero, olhem-se de cima e percebam o poder que têm sobre a pessoa perdida que está lá em baixo. Continuo a dizer que os outros até podem ajudar, mas nós é que somos o único eficaz salvador de nós próprios! E acreditem: é tão simples como beber água de uma nascente.

Ana Amorim Dias

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