Crescer e amar
Hoje isto vai ser um dois em um. Não porque os temas sejam indissociáveis, mas simplesmente porque são mais eficazes juntos.
- Sabes uma coisa?
- Diz.
- És convencida, manienta, mas gosto de ti!
Fartei-me de rir. E desmistifiquei-lhe a confusão.
- Nada disso! Isto é só uma coisa que também vais aprender a ter: um amor próprio à prova de bala! Gosto de mim como nunca ninguém poderá gostar. E é tão bom!
Ontem à noite, em conversa com uma outra amiga, o tema regressou. Sem que me recorde já a que propósito se dirigiu a conversa nessa direção, dei por mim a dissertar de novo sobre ele.
- O amor mais importante de todos vem de dentro e vai para dentro. Só quando sentimos este amor, a funcionar num circuito interno perfeito, é que estamos finalmente prontos para amar incondicionalmente os outros, com todo o perdão e toda a compreensão, mesmo os desconhecidos. E sabes o que é que é giro? É que quando se vive neste estado, tornamos-nos tão magnéticos que toda a gente nos ama, de uma ou outra maneira.
Desconfio que o amor de circuito interno está diretamente ligado ao crescimento. Quem ama assim quer aprender tudo, anda atento, está pronto para se construir até às últimas consequências porque tem a consciência da obrigação de dar o melhor de si. A si mesmo e aos outros.
Há quem seja convencido e maniento para passar ao mundo uma imagem de perfeição que talvez não corresponda à realidade. E há quem passe erroneamente a impressão de ser convencido e maniento, por se amar com uma auto-suficiência consciente das imperfeições e de tudo o que lhe falta crescer.
Assumo, humildemente, o risco de parecer algo que não sou. Mas alimentarei para sempre o circuito interno deste forte amor por mim, na certeza de que batalharei todos os dias por continuar a crescer e a tornar-me na pessoa que sonho vir a conseguir ser.
E tu?
Ana Amorim Dias
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