(...) e a confiança cega
que tenho na minha verdade
não a detém quem me nega
as asas da liberdade ...

Ana Amorim Dias

7.1.14

Quantas crónicas me faltam?

Quantas crónicas me faltam?

Olhei para a publicação no meu mural: "Merecia uma crónica da menina... Não acha?", sobre a artista que reencontrou um grande amor do passado. Respondi que já tinha escrito sobre eles. Duas vezes!
Um pouco mais tarde, uma encomenda de um leitor, por mensagem privada: "E o ciúme, devias escrever sobre o ciúme!"
Entretanto tinha tido duas "birras" de amigas: "Escreveste sobre aquela e a outra, e eu? Quando me dedicas uma crónica a mim?"
- Calma. Tenho crónicas para escrever todos os dias da minha vida! A tua vez chegará, tem paciência!-

Escreverei crónicas todos os dias até ao fim da vida? Quantas crónicas dará isso? Servirão para alguma coisa? Cansar-me-ei? Não escrevi já sobre tudo ao longo deste milhar que se está a completar?
Terei inspiração? Saberei surpreender? Continuarei a fazer sentido?
Ou será isto apenas uma teimosia da minha criatividade eternamente insatisfeita?

Constato que há sempre novos leitores a chegar. Novos leitores que não leram tudo o que para trás ficou escrito. Apercebo-me que o devir dos dias me ensina sempre algo e tem o condão de trazer novas abordagens aos temas e novos episódios para os enquadrar. Talvez assim quem me acompanha há anos não se chegue a aborrecer e queira continuar a ler a minha visão da vida.

Quantas crónicas me faltam? Não faço ideia. Talvez tantas quanto os dias que me sobram, que não poderei jamais saber quantos são exatamente. Mas de uma coisa estou certa: enquanto sentir que as palavras trazem algo de bom aos outros, sei que não me vai faltar a voz interior...aquela que todos os dias vos escreve com a mesma emoção invacilável!

Ana Amorim Dias

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