Parada em Paris
Uma reunião matinal, na qual a explanação das minhas visões para um documentário quase me gasta a voz. Um almoço leve no Sir Winston e as longas e profundas conversas com a personagem real sobre a qual o meu último livro foi escrito. A tarde passada numa esplanada, sob o sol parisiense, a rever cortes e ajustes na biografia. A certeza de um jantar de trabalho com a directora artística e o produtor do documentário que antecederá o filme sobre a grande viagem do Eric. E, no meio de tudo isto, apercebo-me de que estou demasiado quieta. A cabeça fervilha e a criatividade exulta, mas não estou a passear.
Estar parada em Paris vai contra os meus princípios. Chega-me, entretanto, o ensinamento de que existem valores superiores que alteram as regras. Começo Paris minimamente bem . O que ainda não conheço totalmente são os confins das minhas capacidades e o que me podem levar a atingir. Deixo-me ficar quieta no espaço, tranquila por perceber que, mesmo imóvel, estou a viajar na minha própria expansão.
Ana Amorim Dias
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