(...) e a confiança cega
que tenho na minha verdade
não a detém quem me nega
as asas da liberdade ...

Ana Amorim Dias

14.7.13

Nutritivos e famintos

Nutritivos e famintos

A ideia anda a ganhar forma há uns dias mas só ontem à noite, enquanto conversava com duas amigas, a verbalizei pela primeira vez. Só há dois tipos de pessoas no mundo: as nutritivas e as famintas. As que alimentam e as que precisam de ser alimentadas.
As grandes categorias nem deviam ser de género, raça ou credo, e sim relativas a esta essência que, ninguém me tira da ideia, é como um pacto, contratado antes de nascermos.
Passei a vida a interrogar-me acerca dos porquês de várias características minhas sobre as quais não tenho qualquer controlo: sou uma alimentadora compulsiva dos outros; forneço as condições apropriadas para que todos (até os que acabo de conhecer!) tenham uma forte tendência para chorar junto a mim; e preciso desesperadamente de estar sozinha. Esta última compulsão é a que, até agora, mais me tem intrigado. Mas acho que descobri a razão.
Fiz o "contrato" dos nutritivos. Vim a esta vida (espero que a todas, caso mais existam) para alimentar estômagos, almas e corações. A minha energia está à disposição: sei que ao dá-la conscientemente já ninguém ma pode roubar! Entendo que há muitas pessoas que não têm ainda a capacidade de se alimentar a si mesmas com a energia universal. Elas não têm culpa, devemos respeitá-las, amá-las e alimentá-las energeticamente até começarem, uma a uma, a ser nutritivas também e a alimentar os outros. É esta a nossa função e quanto mais depressa o entendermos mais nutritivos seremos.
Quanto à ponta solta que deixei para trás, a conclusão é simples: para sermos nutritivos temos que ter uma fonte inesgotável de nutrientes e, no meu caso, o manancial aciona-se ao estar sozinha comigo.
Caramba, como eu adoro perceber as coisas!

Ana Amorim Dias

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