(...) e a confiança cega
que tenho na minha verdade
não a detém quem me nega
as asas da liberdade ...

Ana Amorim Dias

20.10.13

Mulheres da minha vida - A fábula -

Mulheres da minha vida - a fábula-

Ao contrário do que aconteceu no domingo anterior, ontem "vesti-me" de fada e, munida de música como varinha de condão, dei uma tal "reviravolta" à casa que ela ficou a parecer um palácio das mil e uma noites.
No fim da tarefa, enquanto esperava pelos meus três meninos para irmos almoçar, sentei-me na bancada da cozinha a degustar maçã com queijo e a ver velhos álbuns de fotografias. Até que me deparei com esta e pensei: "olha, as mulheres da minha vida..."

Continuo a ver a minha mãe com os meus olhos de criança maravilhada: como um Ser etéreo, demasiado magnífico para poder ser real; como a princesa mágica que deslizava pela casa com o seu robe de seda salmão, a parecer uma visão fantástica. E lembro-me de ficar a olhar para aquela mulher alta e lindíssima, fascinada pelo facto de a ter como mãe.

- Tu vais ser escritora!- disse-me a minha irmã, sentada no almofadão do quarto, debatendo-se com um livro de matemática e um pacote de batatas fritas, enquanto ouvíamos os "Police".
- Eu? - perguntei na incredulidade dos meus seis anos.
- Sim. Tenho a certeza! Além do mais, tu podes ser tudo aquilo que sonhares...

Os anos passam. A vida muda. A visão fica.
A colossal influência das mulheres da minha vida continua gravada em mim em forma de bênçãos. Incontáveis. Valiosas. Inexplicáveis. Talvez seja daí que me chega a certeza de que as verei para todo o sempre como dois Seres fantásticos que, embora reais, só podem ter vindo do mais encantador dos reinos da fantasia.

Ana Amorim Dias

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