(...) e a confiança cega
que tenho na minha verdade
não a detém quem me nega
as asas da liberdade ...

Ana Amorim Dias

3.3.13

Pão para a alma

Pão para a alma

Começaram mansos, de fininho, quase com timidez. Foram crescendo na reconquista a todos os que já conhecem as deliciosas criações do Rodrigo.
A cada novo tema, magistralmente executado, fui deixando os arrepios assolarem-me, enquanto sentia a regeneração de todas as células do meu corpo, curando-se ao ritmo das soberbas melodias. E ao mesmo tempo que este milagre me acontecia, pude perceber que os músicos se estavam a entregar. Numa cumplicidade perfeita entre si. Com uma alegria extasiada por estarem a fazer o amam, aquilo para que nasceram.
No fim, depois de três encores prodigamente aplaudidos, vim-me embora de alma cheia. Banqueteada na verdade. É que a música que nos tocam, quando a deixamos tocar-nos, é mesmo o pão que nos alimenta a alma.

Ana Amorim Dias

Sem comentários:

Enviar um comentário