(...) e a confiança cega
que tenho na minha verdade
não a detém quem me nega
as asas da liberdade ...

Ana Amorim Dias

27.10.13

Alegoria da urgência

Alegoria da urgência

A encomenda chegou finalmente. Os livros que encomendei com urgência (duplamente paga) há vinte e dois dias (sim: vinte e dois) foi hoje por mim levantada (como a Quinta do Monte não tem número de porta, todos os árduos esforços para a encontrar foram inglórios) no posto de correios mais próximo.
Poderia maldizer a wook e os serviços expresso dos ctt, mas prefiro, sem qualquer ponta de ironia, agradecer-lhes. Passei por fases de incredulidade, indignação e ação (averiguar o estafeta em causa revelou-se impossível: parece que os ctt expresso gostam de encobrir a incompetência dos seus) até chegar à iluminação. Gosto de tentar reagir às contrariedades extraindo-lhes algo de bom... E esta contrariedade trouxe-me a alegoria da urgência.

Podemos lutar, correr, ter a maior das pressas e agir em conformidade: o facto é que as coisas só nos chegam quando têm que chegar. De pouco serve madrugar se o sol só nasce à sua hora. De nada serve ter urgência e de, muitas diferentes maneiras, tentar pagar o que ela vale pois tudo tem o seu tempo, por mais que nos pareça excessivo.
Quando queremos algo há que lutar e trabalhar por isso. Um dia a "encomenda" acaba por nos chegar...mesmo que tenhamos que calar a nossa urgência e esperar muito mais tempo do que seria aceitável.

Ana Amorim Dias

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