(...) e a confiança cega
que tenho na minha verdade
não a detém quem me nega
as asas da liberdade ...

Ana Amorim Dias

16.9.13

Vitimização

Vitimização

Tenho que me controlar bastante quando vêm fazer o papel de vítimas para junto de mim. O primeiro instinto é fazer uso do velho sábio par de estalos, mas depois recordo-me que as ofensas à integridade física constituem crime e que a violência não costuma ser solução para nenhum caso (imaginem então usá-la ao lidar com maníacos da vitimização!)
Não digo que essas pessoas não tenham também a sua dose de problemas, sofrimentos e injustiças; não digo sequer que não se possam queixar um pouco da vida e suas maldades, mas fazer disso uma bandeira e escolher sentir uma constante pena de si mesmas só piora tudo.
Os maníacos da vitimização nem se devem certamente aperceber que o começam a fazer com uma constância e veemência tais que se viciam em buscar o sentimento de piedade por si em todos com quem se relacionam. Mas o pior de tudo é quando se trata de pessoas absolutamente saudáveis, inteligentes e capazes, com vidas que fariam a inveja de muitos!

- Deixa-te de merdas!! Tu já viste bem que blá, blá, blá, blá, blábláblá? - e vou enumerando todos os pontos positivos de que me consigo lembrar, sempre com a sensação de que um bom par de nalgadas devia fazer melhor efeito.
E fico a perguntar-me como se "trata" esta maleita da vitimização. Como se pode fazer com que quem sofre deste mal se liberte dele? Explicando os factos? Fazendo ver que se se optar pela atitude de guerreiro se tem muito mais hipóteses de ser feliz? Argumentando que nada do que de mal se possa passar é uma ofensa pessoal e específica à sua pessoa?
Tenho aprendido a lidar com muitos tipos de gente e diferentes problemáticas, mas confesso que a vitimização me põe os nervos em franja. Acho que se me impõe a atitude guerreira também para aprender a lidar com tais casos...

Ana Amorim Dias


Sent with Writer.

Sem comentários:

Enviar um comentário