(...) e a confiança cega
que tenho na minha verdade
não a detém quem me nega
as asas da liberdade ...

Ana Amorim Dias

18.8.13

Namastê

Namastê

Eu lia aquela saudação com algum espanto. Ou eram pessoas a deixá-la ao fim da noite, antes de se desconectarem do mundo virtual. Ou eram situações de saudação direta e, por último, já havia até quem me saudasse assim.
"Mas que raio? Esta gente e a mania das modernices zen!" - pensava.
Não me passava pela cabeça devolver o cumprimento sem antes investigar o seu sentido. Na verdade parecia-me demasiado afetado e pouco legítimo pensar sequer em usar tão rebuscada palavra. Mas acabei por me render à curiosidade e investigar. Entre um sem número de outras especificações e nuances, absorvi o sentido que mais me tocou e que define melhor tal saudação: trata-se de um cumprimento repleto de respeito e reconhecimento no qual a centelha divina de um indivíduo saúda a centelha divina no outro.
Fiquei maravilhada! "Então isto existe de facto? Há mesmo pessoas que usam a sua essência divina para saudar as essências divinas dos outros?" Ocorreu-me que assim é muito mais fácil não desistir nunca deste sonho louco de constantemente tentar recordar os outros de que somos todos divinos.
O fabuloso conceito que esta antiga palavra encerra, encheu-me de uma desmedida esperança. Se há pessoas tão em sintonia com a sua essência e energia divinas que as reconhecem nos outros, o futuro da humanidade talvez se comece a tornar mais risonho. Pergunto-me apenas se bastará dizer "Namastê" com a voz ou se não será mais eficaz colocar tal saudação em toda a energia que emitimos e atos que realizamos.
Namastê!

Ana Amorim Dias

Sem comentários:

Enviar um comentário