O complot
Às vezes fico com a impressão de que existe um complot inter-galáctico (ou de qualquer outro tipo) determinado a fazer com que a parte mais negra dos Homens se exponencie.
Não nos estou a tirar as culpas da mesquinhez, avareza, violência e raivas, transferindo-as para quaisquer outras entidades, energias ou organizações. Também não tenho a mínima veleidade de nos desresponsabilizar pela mais bárbara inércia de que podemos ser capazes: demitirmo-nos de pensar!
Tenho a vaga ideia (ou talvez o insano sonho?) de que, ativando o pensamento com uma seriedade consciente, se ativariam também todos os nobres sentimentos que correspondem à nossa verdadeira essência.
Imaginem um Mundo em que todas as pessoas ganhassem o hábito de pensar: todos entenderiam (porque é lógico) que o ódio só se detém com amor; que o perdão sincero é o único caminho para solucionar conflitos; que ganância gera perda e que a posse é uma ilusão. Se pensassem, as pessoas entenderiam que nada tem muita importância; que não há motivos para ter medo; e que a única lei que realmente é válida é a do amor. Se todas as pessoas pensassem com o cérebro inteiro sobre meia dúzia de coisas, isso faria com que o seu entendimento dos outros, da vida e de si mesmos fosse o verdadeiro.
Não sei se o tal complot existe ou não, mas estou segura de que, no momento em que a humanidade inteira se atrever a pensar, o salto evolutivo será assombroso.
Ana Amorim Dias
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