(...) e a confiança cega
que tenho na minha verdade
não a detém quem me nega
as asas da liberdade ...

Ana Amorim Dias

17.3.13

Found in translation

Found in translation

Perdemo-nos muitas vezes na tradução verbal daquilo pensamos. Mais ou menos frequentemente, o sentido do que queremos transmitir, altera-se ao ser plasmado em palavras.
Mas também acontece o oposto. Também acontece aquela alquimia de entendermos exatamente o que pensamos e sentimos ao proceder a verbalizações coerentes e ponderadas.
Imaginem que têm que falar com alguém que não conhece a vossa língua, com alguém cujo vocabulário vocês também não dominam. Imaginem que usam então mais duas ou três línguas comuns às duas partes e, quando a comunicação falha em alguma delas, podem sempre recorrer às outras. A troca que, à partida, podia parecer impossível, torna-se mais rica e proveitosa.
Ora se isto é possível em línguas estrangeiras, porque não possibilitá-lo também na nossa língua mãe? É que as palavras são tantas e tão belas que cada mais me convenço que é impossível não nos encontrarmos na tradução.

Ana Amorim Dias

Sem comentários:

Enviar um comentário