(...) e a confiança cega
que tenho na minha verdade
não a detém quem me nega
as asas da liberdade ...

Ana Amorim Dias

16.2.13

Era uma vez uma Quinta

Era uma vez uma Quinta

Olho pela janela do quarto, com o já primaveril Sol a alaranjar-me a manhã.
Lá em baixo, junto à figueira raínha, consigo ainda ver os passos daquele Homem que, na sua imensa sabedoria e abundância, soube deixar, mais que a matéria, um espírito de tenacidade que continua a nortear todos os seus descendentes. Chamava-se João. Claro, só podia.
Era uma vez uma Quinta. Feita de estórias e com amor. Era uma vez uma Quinta que guarda lembranças e tem alma nas paredes. Um sítio lindo, acarinhado por tanta gente que lhe sobram mimos e legados de uma prolixa diversidade. Era uma vez uma Quinta que, depois de muitos anos a fazer com que as festas sejam de um brilho ainda mais festivo, inicia hoje uma nova fase, abrindo para todos de sexta a domingo.
Não sei como vai correr mais esta etapa. Nunca há como saber. Mas de uma coisa tenho a certeza: que em cada caipirinha, em cada sangria de frutos vermelhos, biscoito caseiro ou pãozinho recheado que me tocar fazer, irá muito mais que a matéria. Irá o espirito de quem faz por e com amor. Irá o sabor afrodisíaco da inspiração deleitada com que escrevo e me enamoro, a cada momento, pela vida.
Faço por isso sinceros votos de que apreciem não só o espaço e o bons sabores, como a mística inerente a tudo o que é feito por uma escritora e mais alguns seres inspirados.

Ana Amorim Dias

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