Maria Madalena
Às vezes desconfio que os destinos mais surpreendentes se escondem no fim de caminhos que se tomam por não querermos ficar parar parados. Aconteceu-me hoje outra vez.
Esta manhã não tive entrevistas porque os familiares da pessoa sobre quem estou a escrever foram fazer as compras para o almoço. O visado, por sua vez, tinha uma manhã de trabalho inadiável que o impediu de prosseguir com as narrativas que me estão a servir de base à sua biografia. Por isso fiquei com a manhã livre, no meio do campo, na Provença, sem qualquer meio de transporte à minha disposição.
Ia ficar parada? Não me parece. Comecei a caminhar pelo campo e, algum tempo depois, cheguei a uma vila chamada Saint-Maximin-la-Sainte-Baume. Linda. A sorte foi tanta que me vi no meio de um típico mercado de rua que só acontece às quartas feiras. Mas a delicia maior foi encontrar uma Basílica, a de Santa Maria Madalena, na qual se encontra nada mais nada menos que a sua cripta.
Mais palavras?
Para quê?
Ana Amorim Dias
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