(...) e a confiança cega
que tenho na minha verdade
não a detém quem me nega
as asas da liberdade ...

Ana Amorim Dias

26.4.12

Amores da nova era


   Comecei por lhe mandar um mail. Enorme. Sentido. Escrito com um propósito muito bem definido. Duvidei que ela me respondesse porque não a conhecia e estava a meter-me na vida dela, mesmo assim. Ela respondeu-me. Com um mail longo e sentido. Não  me levou a mal porque percebeu que, se me quis meter onde não era chamada, o tinha feito com as melhores intenções.
   Isto aconteceu há três meses. Três meses em que nos fomos conhecendo através dos mails quase diários que nos habituámos a trocar como uma mágica terapia para a alma.
   Hoje ela faz anos, esta minha amiga que tanto adoro. Ela ligou-me há dois dias:
- Parva! Fizeste-me chorar! – Começou, mal me ouviu do outro lado da linha.
- Um choro bom, espero!-
- Pois! Primeiro vieram entregar-me uma encomenda para mim. Abri e vi o teu livro. A frase da capa fez-me logo chorar… Depois li a tua dedicatória e chorei outra vez!
   Mandei-lhe o “ Histórias do (A)Mar” pelo correio para o local de trabalho. Queria surpreendê-la com uma prenda de anos. E, depois do telefonema dela, fiquei a pensar como se gosta assim de alguém com quem só se partilhou uma hora cara a cara. Porque me arrepio ao sentir o amor que lhe tenho? Estaremos a juntar-nos aos seres humanos desta nova era que já sabem que se pode amar tanta gente quanta a que no nosso coração caiba?
A ti, minha amiga adorada, um enorme beijo de feliz aniversário!
Ana Dias

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