(...) e a confiança cega
que tenho na minha verdade
não a detém quem me nega
as asas da liberdade ...

Ana Amorim Dias

5.12.12

A Câmara do lado



      Agora parece que é moda.  Esgotam os mandatos e, não se podendo voltar a candidatar, viram-se para a Câmara do lado.  Procuram apoios, forjam alianças, preparam as campanhas  e, com alguma sorte e jeito,  lá se instalam na vizinhança.
    Sempre encarei as autáquicas como uma escolha que não deve depender muito da cor política de cada eleitor.  Trata-se de um caso à parte em que, mais que a esquerda ou direita, o que deve importar são questões como as capacidades e projetos do candidato  e, sobretudo,  a sua  ligação à autarquia.  Ora é exatamente neste último ponto que toda celeuma se me levanta: qual é a legitimidade funcional  de se governar locais e gentes cuja  realidade se desconhece quase na totalidade? Não é essa a essência que rege a própria existência do poder local? Ou será que pensam que a experiência adquirida ao longo dos muitos anos passados noutras Câmaras os prepara para tudo? 
   Descarto da minha escolha os candidatos que já esgotaram os mandatos na vizinhança e se vêm candidatar ao meu Concelho. Não que não lhes reconheça o valor pessoal e político, entendam-me, mas porque continuo a acreditar ( não sei muito bem como) que quem se candidata vem por bem, capacitado e decidido a  resolver os problemas que são, acima de tudo, os problemas da SUA gente.
Ana Amorim Dias

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