(...) e a confiança cega
que tenho na minha verdade
não a detém quem me nega
as asas da liberdade ...

Ana Amorim Dias

10.5.12

Seis e dez



  Ele tardou mas acabou por chegar. Quem não sentia já a falta do calor? 
    Depois de, ontem, ter passado a tarde a escrever na tal esplanada (sim, é a do Sem Espinhas Natura na praia da Retur!) acabei por não resistir a uma entrega há muito esperada. Deixei a Sam, na página cento e noventa, a braços com uma situação complicada; desliguei o computador e entrei no mar. Deviam ser seis e dez quando dei o primeiro mergulho do ano. Quer dizer, em Março já por lá tinha andado a brincar, mas como para mim só conta quando mergulho inteira, foi só ontem que inaugurei a Época Mar de 2012.
   Mas aconteceu uma coisa engraçada: se a bem elaborada crónica matinal sobre as razões do sono profundo não foi muito aplaudida, já a simples frase que acompanhou a fotografia da vista de um dos meus “escritórios” ( que utilizo todo o ano), foi alvo de inúmeros “gostos” e comentários. Fartei-me de rir. Será caso para dizer que uma imagem vale mais que mil palavras? Prefiro acreditar que não. Será que a “inveja”,  que eu disse não querer causar, foi a culpada de tal acaso? Também estou certa que não. O facto deveu-se, sem dúvida, ao calor que ontem se começou a fazer sentir, deixando-nos a todos com uma predisposição enorme para ouvir bossa nova à beira bar enquanto sugamos caipirinhas por duas palhinhas largas.
   Podia prometer tentar conter-me e não publicar mais fotografias deste Algarve que emociona e nos faz constantemente lembrar que a vida pode ser mesmo bela, mas não o vou fazer. Porque no fundo sei que gostam. Sei que os relatos destes meus Diasescritos ( para quem está a ler isto no face, é o nome do meu blog) vos trazem à alma esse bálsamo que é sonhar com a chegada das férias.
   Por agora um “até amanhã”,  porque tenho o romance para acabar antes da vossa chegada.
Ana Amorim Dias

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