(...) e a confiança cega
que tenho na minha verdade
não a detém quem me nega
as asas da liberdade ...

Ana Amorim Dias

14.1.12

Estrela cadente


   Olhei para a estrela cadente e atropelei-me em desejos. Numa fração de segundo, tive uma quantidade de pensamentos que não julgava ser possível em tão estreita moldura temporal. E quando a luz cintilante se desvaneceu na escuridão, apenas me sobrou a memória do mais lógico dos desejos: “ Quero ver outra…”
   O que me ficou da experiência? A perceção de que há momentos que devem ser vividos sem interferência da razão e do pensamento consciente… sob pena de não lhes saborearmos o valor antes que se esfumem num passado terminado. Só quando se vive cada momento sem interferências nem ruídos é que eles são realmente vívidos e vividos, não deixando atrás de si a necessidade de desejar uma repetição.
Ana Dias

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