(...) e a confiança cega
que tenho na minha verdade
não a detém quem me nega
as asas da liberdade ...

Ana Amorim Dias

30.11.11

A tática

  Hoje vou falar de futebol! Garanto-vos que consigo imaginar  as gargalhadas de quem me conhece, ao ler esta primeira frase. Para quem nunca sabe se os jogos são para a Taça, para a Liga ou para o Campeonato do Mundo ( saber que estas coisas existem é um mínimo de que ninguém deve abdicar…), esta pretensão de escrita pode revelar-se arriscada.  Mas como ontem escrevi sobre política, já tudo espero de mim!
  Então vamos lá, sócios… mas não riam muito alto que estou concentradíssima.
Demorei um pouco entre a última linha e esta porque tive que ir consultar o senhor Fernando, aqui do café, que me explicou que os jogadores são onze ( é o que eu pensava! ) e que o guarda-redes normalmente não entra na contagem dos esquemas do 4-4-2  ;   4-3-3  ; 5-4-1  ;  4-1-4-1, etc. Não é preciso ser muito entendida para perceber de imediato que quanto maior for o número inicial (o que está logo depois do guarda-redes) mais o jogo é defensivo e vice-versa.  E é neste momento que começo a voltar à minha zona de conforto e a escrever sobre a vida.
   Afinal como é que eu jogo? Qual é a minha tática? Será que uso,  sequer, o  guarda-redes e alguns defesas? Ou entro com tudo ao ataque? É neste ponto que se torna claro o porquê de existirem vários campeonatos e taças. Vamos supor que o campeonato nacional é a nossa tática familiar; que a liga dos campeões se refere às nossas conquistas pessoais e o campeonato do Mundo é a nossa vida em geral. Quais são as minhas táticas? Quais são as vossas táticas? Estaremos a usar a melhor? E qual é o nosso prémio de jogo? Jogamos para atingir o quê? Fama? Glória? Riqueza? Felicidade? Sabedoria? Realização?
  Eu jogo para evoluir! Jogo para tentar descobrir tudo o que o meu ser encerra! Jogo para me emocionar e para fazer nascer emoções… E não preciso de pensar muito para perceber que a tática que uso é sempre a mesma… 11! Tudo ao ataque, guarda-redes incluído!
  É verdade que a baliza me fica desprotegida e que, volta e meia, sofro golos, mas com onze ao ataque costumo ser demolidora e ganhar todas as taças, campeonatos e afins! Por isso, e como em equipa vencedora não se deve mexer, vou seguir com esta tática insana… Se começar a perder logo aceito as novas fórmulas do meu treinador interior!
Ana Dias
   
 
  

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