Sendo mãe, entendo todos os sentidos e implicações desta palavra… mas a verdade é que a sua percepção, no papel de filha, se estende muito mais atrás no tempo….
Ao longo da vida, olhamos para quem nos deu a vida com um entendimento diferente, com uma aceitação e admiração que não é estanque nem imutável. Em criança sentimos o apego sôfrego de quem sabe que toda a sua vida está ali, naquela pessoa que é a síntese do bem estar, da segurança e dos afetos. Na adolescência e juventude, descobrimos que há mais mundos e surgem, por vezes, atritos e incompreensões. Na vida adulta pensamos, por vezes intransigentemente que, por já sermos adultos, não deveriamos ter de prestar tantas contas, ouvir conselhos ou viver um tão grande apego…. Até que chega o dia em que entendemos finalmente, em todo o seu esplendor, o verdadeiro valor daquela presença .
Uma mãe é uma raiz que nos ergue e nutre com uma potência mágica insubstituível.
Uma mãe é uma torre de sabedoria e força (mesmo aquelas mais frágeis, tornam-se tanques de guerra na luta pelo bem estar das suas eternas crias)
Uma mãe é a síntese perfeita de cada um dos mais puros sentimentos do mundo; o reflexo mais nítido da face de Deus.
Uma mãe é uma fonte inesgotável de recursos e engenhos, de força e de resistência; para uma mãe a esperança e a fé são características tão constantemente presentes como ausente é a capacidade de desistir dos seus filhos.
Uma mãe é alguém que se esquece de si sem se importar nada com isso e que não leva a mal que nunca ninguém se aperceba.
Uma mãe compõe-se de uma infinidade de dádivas que cada um de nós apenas na sua própria mãe encontrará…
E é tudo isto que se descobre, um certo dia, mais tarde ou mais cedo, quando olhamos aquele rosto que nos olha sempre com invacilável amor…
Obrigada, mami!!!
Ana Dias
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