Mais um fim de semana que parece ter durado dez dias!! Uma actividade tão grande e intensa que à noite (tarde, muito tarde), quando finalmente o corpo me cai inerte no colchão depois de 18 ou 19 horas seguidas de trabalho, me tento lembrar do início do dia e me parece que os acontecimentos matinais foram passados antes de ontem!
Mais um fim de semana de poucas palavras escritas (faz-me mal , isto!!) e de muitas palavras faladas, de muitos actos, acções outras “agitações”… E, no meio de toda a profusão de trabalho, festa, gente, comida, música…. Há algo que me “persegue” a alma… uma frase que se forma dentro de mim e não me abandona até que a “atenda” como um médico atende o seu paciente!!
“ O que determina verdadeiramente o Homem não são as palavras e sim as acções” . Não sei se ouvi isto em algum sítio ou se o pensamento brotou por si . (De qualquer forma jamais serei pretenciosa a ponto de pensar que estou a pensar algo nunca antes pensado!!) . Mas como pode uma escritora subvalorizar as palavras?? Que triste conclusão é esta que coloca os actos acima das palavras??
Vamos por partes. Acompanhem-me! As palavras são algo belo: são a estrada que nos liga a todos os outros seres; são o mecanismo com que se “atravessa a ponte” que nos separa do outro. … Poderia falar das palavras horas e horas, a gabar-lhes os benefícios, a exaltar-lhes a extrema beleza… mas a verdade é só uma: sou uma pessoa de palavras, mas chego à conclusão que o que realmente me faz ser quem sou são os actos que, a cada momento, concretizo!
De que serve, por exemplo, ensinar os nossos filhos com palavras e conselhos?? A verdade não está nas palavras… Está nos actos, nos exemplos!!
Será que uma pessoa que ameaça, grita e usa palavras feias é realmente má? E se essa mesma pessoa, passado o calor da emoção, se redime com actos de ternura e nobreza surpreendentes? O que prevalece? As palavras? Ou os actos?
E o que dizer daquelas pessoas cujas palavras deixam antever as maiores virtudes, mas cujos actos transmitem exactamente o contrário??
Quem me conhece diz, com frequência, que tenho o poder da acção. Eu sei que tenho o da acção e o da palavra… Mas sei, com toda a certeza, que por mais que algum dia as minhas palavras se tornem ícones de beleza literária, o meu verdadeiro legado serão sempre e acima de tudo, os meus actos!!!!
Ana Dias
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