(...) e a confiança cega
que tenho na minha verdade
não a detém quem me nega
as asas da liberdade ...

Ana Amorim Dias

27.9.11

Competição

   Vivemos num mundo competitivo, numa cultura competitiva e com valores competitivos (desculpem o abuso da palavra, mas é mesmo assim!)
  Somos levados a acreditar, desde crianças, que temos que ser melhores que os outros, temos que  ter resultados superiores para podermos ter mais coisas, ser mais admirados, invejados, amados… A crença de que devemos dar tudo por tudo para ter mais êxito (em tudo) cola-se-nos como uma segunda capa de epiderme da qual custa vermo-nos livres… O problema é que este constante esforço competitivo leva, muitas vezes, a frustrações pouco salutares: inveja por os outros trabalharem menos e terem mais que nós; sentimentos de injustiça por haver diferenças nos condicionalismos em que cada um parte nesta “corrida” ao sucesso; frustrações por, ao dar-se o melhor que se pode e sabe, os resultados não serem tão frutuosos como os do “outro”…
   Ora bem meus caros: há uma premissa fulcral a ser mudada para que a competitividade possa ser uma ferramenta maravilhosa em vez de um peso que carregamos às costas! E é tão simples quanto isto: não devemos competir comos outros, e sim superar-nos a nós próprios!! Não devemos lamentar os nossos infortúnios nem o sucesso alheio, e sim olhar com optimismo para as nossas capacidades e oportunidades!! Não devemos invejar o bom carro ou boa casa de quem se esforça menos que nós e sim olhar para as nossas conquistas (grandes ou pequenas) com um sentimento de realização e orgulho pessoal capazes de nos elevar o espírito de forma a que este se proponha a novas metas!!
  Lembro-me de quando, ainda nos anos de escola, tinha a melhor nota da turma…  Se fosse um 90% ficava feliz, mas se fosse um 70% já não!! Nem pensar!! Nenhum consolo me trazia ter sido a melhor, simplesmente porque sabia ter ficado àquem do que eu esperava de mim! E a verdade é que acredito ser esse o espírito certo: ficar feliz com o triunfo alheio e não o ver como um fracasso nosso. Olhar para ele como uma inspiração, como um gerador de alento e “garra” é a atitude certa!
   Experimentem  e  digam-me  se não é muito melhor superarmo-nos do que competir… se não é muito melhor  dar o máximo que temos a cada momento, em vez de andar na “corrida” a atrasar-nos por olhar constantemente por cima do ombro a tentar vislumbrar a que distância vêm os outros!!!
Ana Dias

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