Há pessoas que evitam as lágrimas a qualquer custo. Mas será que isso é o mais acertado? Parece-me que boicotar de forma tão dura uma necessidade emocional insubstituível pode trazer efeitos nefastos a curto ou mais longo prazo. Chorar é também algo privado, algo tido como uma fraqueza, como algo que deve ser apenas feito no recato íntimo da solidão e apenas como último recurso. É claro que não estou a advogar que todos andem por aí em público a carpír as suas penas. Apenas me parece que, quando a vontade irreprimível de verter água salgada dos olhos invade todos os instintos, o mais certo é mesmo deixá-la correr. Porque não? Porque não chorar com todas as células aquele choro convicto e sentido capaz de aplacar toda a dor e regenerar os sentidos? Porque não fugir para um recanto melancólico e ouvir daquelas músicas que instigam ao drama sentido de cada existência? Acreditem ou não , chorar é mais que um comprimido para as dores da alma, chorar faz parte da própria cura: é como uma purga de todo o mal, uma limpeza geral que sana e desmantela e deixa o espaço necessário para que tudo se reconstrua de novo.
Como eu dizia ao início, há quem não sucumba à vontade de chorar... Mas essa tamanha “força” não será, só por si, uma enorme fraqueza?
A quem nunca experimentou tão eficaz terapia, cá deixo o desafio... Da próxima vez que a alma vos ficar apertadinha, experimentem... E verão como a “fraqueza mais frágil” se converte na mais poderosa força…
Como eu dizia ao início, há quem não sucumba à vontade de chorar... Mas essa tamanha “força” não será, só por si, uma enorme fraqueza?
A quem nunca experimentou tão eficaz terapia, cá deixo o desafio... Da próxima vez que a alma vos ficar apertadinha, experimentem... E verão como a “fraqueza mais frágil” se converte na mais poderosa força…
Ana Dias
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