Esta interessante pergunta estava “estampada” no mural de um pensador amigo e deixou-me com os “neuróninhos” aos pinotes!
Acho que lá mais para trás já escrevi uma ou outra crónica (já não dou conta delas, as maganas invadem-me a memória do pc como uma verdadeira praga!!) sobre a maneira como olhamos o Mundo e tudo o que nele ocorre… Mas, ao que parece, que tenho sempre mais uma palavrita a acrestar a tudo…
Pois bem, nas voltas, pinotes (e coices) da minha massa cinzenta, a primeira coisa que me ocorre é esta conversa, tida ontem à noite, com uma colaboradora/amiga:
- “ Mas por que é que tenho esta mania de, logo pela manhã, ler sempre o meu horóscopo…? E não é que, montes de vezes, bate certo?” – comentou.
- “ Queres saber porquê?” – perguntei-lhe.
- “ Diz lá, diz lá!” - pediu-me ela com os olhos a brilhar de curiosidade. (Aparentemente ainda há quem ache que as minhas teorias são válidas…)
- “ Ao leres isso, crias uma realidade interior que vai condicionar tudo em teu redor….”
- “ A sério????” - Perguntou-me espantada. (Entretanto mais gente se tinha juntado, a escutar com atenção)
- “ Claro! Nunca ouviste falar na lei da atração? No poder que temos de criar e recriar a realidade a nosso belo prazer?”
- “ Ai… Achas??”
- “ Sim, claro! Já reparaste, por exemplo, que quando acordas mal disposta tudo corre mal e quando estás feliz e de bem com a vida, tudo flui perfeito e de acordo com o que queres? Mas há mais… todos temos o poder de criar a realidade de acordo com o que projectamos. Se sentimos medos, apreensões, pessimismos… a vida traz-nos mais medo, mais preocupações e ocorrências nefastas. Mas se sentimos que vivemos com alegria, com gosto, com abundância e amor, os nossos dias enchem-se de festa, de proventos, de alegria e amor!”
Olhou para mim muito séria e começou a murmurar: “ Amanhã vou ganhar o euromilhões, amanhã vou ganhar o euromilhões, amanhã vou ganhar o euromilhões….”
Fartei-me de rir… E agora, bem, agora com esta fabulosa pergunta, recordei a tal conversa e concluo que uma só realidade pode ser vista de tantas maneiras quantos os pares de olhos que nela pousarem; o mesmo caracol do mar pode ser simples cascalho ou uma sublime manifestação da perfeição ; um prédio, uma árvore, um sucesso alheio ou um carro de mulas, são vistos por cada pessoa de acordo com o seu próprio interior, como se tivéssemos todos uma retina completamente diferente de todas as outras pessoas…
E, da mesma forma que creio solenemente nas palavras ontem proferidas à minha amiga, também me parece que as coisas, pessoas e atitudes são vistas como mais belas ou mais horrendas em consonância com a beleza ou fealdade que cada um encerra em si…
Ana Dias
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